Butterfly*

Simples desabafos...

sábado, junho 24, 2006

O entendimento não será o desejado...por isso espero o Chamamento

Admitir o quê afinal? Não há nada para admitir...porque toda a gente o sabe... E depois de que serviria, para me humilhar talvez, para me voltar a sentir fraca, para ressucitar tudo, até o que aos poucos morre, não posso dizer dentro de mim, porque essa peça por enquanto não faz parte de mim... Só me traria aquilo que já senti em tempos e que a muito custo fui ultrapassando. Resta apenas uma última coisa a fazer devolveres-me o que me roubaste ou o que eu te dei...se calhar o último passo é mesmo pedir-te o que em tempos te ofereci. E depois, mais vale calar aquilo que todos sabem, e que não pronunciam, do que admiti-lo a quem não o compreende. Não é que não compreende, mas simplesmente não retribui, nem pode retribuir... Pois há muito tempo que já deu o derradeiro passo o de me pedir aquilo que me tinha dado, se é que alguma vez me pertenceu realmente. Assim guardo o discurso supostamente final para mim, pois o entendimento se este for proferido não será o desejado, será encarado como estupidez, ou falta de amor-próprio, pois nunca será encarado como um desabafo final , o arrancar dos "por dizer" todos os que me arranham a garganta, mas sim como sinal de fraqueza e humilhação, só porque o entendimento e a reacção não será a desejada por mim. Porque eu sei que a mim já nada me pertence...
Entretanto a borboleta ocupa o espaço do que ali falta e guarda o discuso final...aquele que só será proferido quando as palavras certas também forem ditas, se forem ditas (o que realmente duvido).
Mas, quando a borboleta levantar voo, eu saberei o caminho a seguir, não é complicado, basta só que alguém a chame com o coração, para que o meu possa voltar para junto de mim.
Entretanto continuo à espera do chamamento...

Revisão

Revisão: s. f. acto ou efeito de rever; exame minucioso. Esta é a defenição que o Dicionário Básico da Língua Portuguesa nos dá. Estamos em época de testes e o acto ou efeito de rever é importante, muito importante. Mas se formos a ver, tudo é revisto... a matéria para os exames, o carro, até a nossa identificação em certos casos! Mas, e nós? Nós também somos revistos? Se formos ver o passado, podemos revisá-lo, o que perdemos, o que ganhámos, os nossos sonhos, os que foram, os que ainda persistem, a nossa força de vontade, em que situações nos abandonou, ou em quais permaneceu, os nossos objectivos, aqueles que se alteraram, os que se mantiveram, os que conseguimos, os que não passaram de uma ilusão... Tanta coisa que podemos rever e tirar as nossas próprias conclusões. Mas, não podemos rever tudo e tirar conclusões de tudo o que foi revisto. Há certas coisas que quantos mais exames minuciosos fazemos, mais "tralha" encontramos para rever...não tem fim...é como que uma teia...este acontecimento leva ao outro, o outro, leva aquela situação, aquela situação, leva aquele sentimento... E chegámos ao ponto fraco das revisões: os sentimentos, estes que são tão confusos e envolventes, que nunca podemos fazer-lhes uma revisão e arrumá-los. Há sempre qualquer coisa mais que não ponderámos bem, que depois resulta em "areias movediças" quanto mais lhes mexemos mais nos enterramos... Enfim, talvez seja tudo bem mais simples e quem complica tudo sou eu...mas por enquanto a minha Revisão, deixo-a para mais tarde, não vou pisar terreno que não sei se será seguro, ou não. Para exames minuciosos bastam-me os 3 que ainda me restam, o pior deles todos, a seu tempo virá, quando talvez eu deixar de complicar o que é demasiado simples, ou o que simplesmente persisto em não querer admitir.

cicatrizes...não

Decidi não fazer 2ª parte de cicatrizes pelo menos por enquanto...pq o que o deveria ser por vezes revela-se ainda uma ferida bem aberta...